O Senado dos Estados Unidos aprovou na terça-feira um orçamento de US$ 410 bilhões para financiar grande parte do governo americano até o dia 30 de setembro. O projeto foi enviado ao presidente Barack Obama, apesar das discordâncias de republicamos com relação ao seu valor.
"Ele (o projeto) toma conta dessas agências do governo que foram tão mal financiadas durante os anos Bush", disse o líder da maioria no Senado, Harry Reid, numa referência ao antecessor de Obama, George W. Bush.
Muitos republicanos foram contra o projeto, pois ele eleva os gastos governamentais 8% acima dos níveis do ano fical de 2008. Eles argumentam que o projeto dá mais dinheiro para programas já financiados pelo pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões aprovado no mês passado.
"O projeto custa caro demais para um governo que deveria estar observando cada centavo", disse o líder republicano Mitch McConnell, que classificou o projeto de "oportunidade perdida" de conter os gastos em meio a uma profunda recessão.
O projeto de lei foi motivo de um debate entre democratas e republicanos, sobretudo porque contém mais de oito mil projetos para o atual ano fiscal que não estão relacionados ao financiamento de agências do governo.
No final de fevereiro, a Câmara dos Representantes (deputados) aprovou o mesmo orçamento, para financiar operações do governo até o fim do ano fiscal de 2009, apesar de objeções de republicanos a gastos extras. Aprovação do orçamento deverá ser ratificada pelo presidente Barack Obama.
A medida permite investimentos em transporte e agricultura, entre outros setores. O Congresso também flexibilizou as restrições impostas sobre viagens de cidadãos americanos a Cuba, relaxando as condições para a venda de remédios e alimentos à Ilha. Na prática, o Congresso revoga uma medida adotada em 2004 pelo então presidente, George W. Bush.
Aprovada por 62 votos contra 35, a medida determina que não se pode utilizar verbas públicas para restringir as viagens de cidadãos americanos a Cuba, e permite que o regime castrista compre comida e remédios sem pagamento adiantado, como ocorria até o momento.
Esta flexibilização é o primeiro passo da abertura da administração Obama diante do Estado comunista cubano, inimigo histórico dos Estados Unidos e sobre o qual pesa um embargo desde 1962.
Fonte: Com AFP e Reuters - TERRA
Data: 11/03/2009
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Senado americano aprova orçamento de US$ 410 bi ao país