O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou neste domingo (13) que, um ano após o auge da crise financeira internacional, o Brasil sai fortalecido do momento adverso. Segundo ele, “ao contrário do passado, quando saía quebrado” das crises, o país “sai muito saudável e preparado para crescer”.
“O Brasil está sendo visto, de fato, como um caso modelo para o enfrentamento da crise. O Brasil é um caso de sucesso, porque nós fomos capazes de entrar na crise com fundamentos econômicos sólidos”, disse o presidente do BC.
“O país entrou na crise com capacidade de crescer e crescer mais rápido sem gerar desequilíbrios macroeconômicos. Entramos na crise capitalizados (...) Estamos em uma posição muito forte comparativamente aos demais países”, completou Meirelles, durante pelestra realizada em Brasília, na abertura do 19o Congresso da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O presidente do BC comparou a crise bancária com um ataque de coração. Para ele, assim como um problema cardíaco, a crise tem “um movimento rápido que pode ter consequencias graves”.
“Se a vítima tiver em um hospital bem equipado, com desfibrilador por perto e receber o atendimento em 4 minutos, ele se recupera”, assim como no caso da economia “tem que resolver os problemas rapidamente, antes que ela atinja uma dimensão própria”.
Na última sexta-feira (11), Meirelles avaliou como “excelente” o resultado do
crescimento do PIB, de 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, após dois períodos consecutivos de queda.
Automóveis
O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, comemorou a solidez das empresas brasileiras do ramo automobilístico, que resistiram “aos embates de uma tempestade que em outros tempos poderiam destruir a nossa economia”.
“Fomos do paraíso ao prenúncio do inferno em menos de 30 dias e, em apenas 90 dias, deixamos de lado uma perspectiva funesta por outra que apontava recuperação do mercado”, afirmou Reze.
Fonte: Globo
Data: 13/09/2009
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Ao contrário do passado, país sai saudável da crise, diz Henrique Meirelles