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AUTOMÓVEIS - Funcionários da GM param por uma hora contra demissões

Trabalhadores da montadora General Motors (GM) fizeram na manhã desta terça-feira (13) uma paralisação na fábrica de São José dos Campos, em São Paulo, contra as 744 demissões na unidade anunciadas nesta segunda-feira.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos da cidade, eles exigem que a empresa “readmita os trabalhadores dispensados e conceda estabilidade no emprego a todos”.

“As empresas ganharam muito dinheiro durante o último; o lucro delas nunca foi tão alto. Portanto, não é justo que no primeiro aperto queiram descarregar isso em cima dos trabalhadores", disse Luis Carlos Prates, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

Segundo a General Motos, a medida só abrange os funcionários temporários, que foram contratados como reforço nas linhas de montagem, já que o crescimento das vendas de veículos no mercado nacional se comportou acima das expectativas até setembro do ano passado. Com a queda nas vendas, a produção terá de ser reajustada. Ainda segundo a empresa, quando o mercado reagir, esses funcionários demitidos terão prioridade.

Entretanto, de acordo com o sindicato, 144 demissões representaram redução efetiva do quadro de funcionários da empresa. Os 600 restantes são profissionais terceirizados, cujos contratos venceriam somente em junho, mas a dispensa será imediata.

‘Nosso patrão é o mercado’

“Estamos tomando todas as medidas para atenuar o problema”, afirma José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM em entrevista por telefone ao "Em Cima da Hora". Segundo ele, a medida diz respeito apenas aos funcionários temporários, que poderiam ou não ter o contrato prorrogado. “O nosso patrão é o mercado”, diz. No caso daqueles que foram dispensados antecipadamente, José Carlos diz a empresa pagou um valor adicional. “É um contrato com regras estabelecidas”.

O executivo afirmou ainda que se o sindicato tivesse aprovado um acordo de horas extras, a medida poderia ser a solução para as demissões. “Infelizmente, no passado, esse mesmo sindicato sempre descartou o banco de horas”, afirma José Carlos.

Férias coletivas

Para evitar o cancelamento dos contratos, a montadora utilizava desde outubro as férias coletivas como recurso. Foram cinco períodos de férias até agora - no momento, 500 funcionários estão sob período de recesso.

A unidade de São José dos Campos emprega cerca de 8.900 pessoas e produz modelos como Corsa, Zafira, Meriva e as picapes Montana e S10.



Fonte: Globo
Data: 13/01/2009
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Permalink: Funcionários da GM param por uma hora contra demissões


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